Nesta sexta-feira, 1º de outubro, foi lançado na Marina Week 2021 o COMPROMISSO PARA O FUTURO DO OCEANO. Sua principal meta é reunir cidadãos, organizações não-governamentais e internacionais, iniciativa privada e governos em torno de oito objetivos comuns (ver abaixo).
“Este é o primeiro esforço coordenado e multi-institucional para canalizar os esforços em prol do oceano no Brasil”, afirma o biólogo Alexander Turra, professor do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IOUSP/IEA) e coordenador da Cátedra UNESCO para Sustentabilidade do Oceano, instituição responsável pela elaboração do documento ligada ao Instituto Oceanográfico e ao Instituto de Estudos Avançados, ambos da USP.
Os interessados em aderir à iniciativa podem acessar o site da Cátedra, ler a carta na íntegra e preencher o formulário online. “A assinatura, que é voluntária, é o início de um processo de relacionamento mais próximo com essas instituições, que vamos construir ao longo da Década do Oceano [2021-2030]”, explica Turra.
As pessoas e organizações que participarem do compromisso farão parte de uma rede virtual que vai receber informações e materiais de divulgação sobre a Década, e podem ser replicadores das ações em busca do “compromisso que precisamos para o Oceano que queremos”, como informa o slogan da Carta. Futuramente, elas poderão participar de outras atividades que serão desenvolvidas pela Cátedra.
Confira os oito objetivos da Carta:
“
- Promover, disseminar e apoiar ações para a difusão da “Cultura Oceânica” a fim de chamar a atenção de todos para o Oceano e para o movimento em prol de sua sustentabilidade;
- Contribuir para a busca dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, em especial do ODS 14 – Vida na Água;
- Colaborar para superar os desafios e atingir os objetivos e resultados esperados da Década do Oceano;
- Cooperar para o avanço do conhecimento sobre o Oceano, fortalecendo o papel da comunidade científica para melhor compreender e avaliar o ambiente, as relações ser humano-natureza, os impactos antrópicos e as soluções para promoção do uso sustentável do Oceano, por meio do incentivo à ciência, tecnologia e inovação;
- Contribuir para o desenvolvimento e implementação conjunta de instrumentos legais, políticas públicas e boas práticas com base científica para fortalecer a governança colaborativa e construir um futuro sustentável para o oceano;
- Incentivar que dados e informações gerados a cerca do oceano sejam disponibilizados pública e livremente para que toda a sociedade tenha acesso e que, de forma compartilhada, soluções mais céleres e eficazes para problemas conhecidos possam ser implementadas;
- Desenvolver ou incentivar ações que busquem minimizar os impactos antrópicos negativos e que promovam uma economia sustentável no Oceano; e
- Fortalecer e garantir a inclusão de todas as vozes da sociedade, por exemplo as comunidades tradicionais litorâneas, indígenas, quilombolas, tradições religiosas, jovens, mulheres e outras minorias, na construção coletiva e na implementação das soluções para promoção do Futuro do Oceano.”